Infelizmente está a gerar-se em Peniche uma situação
indesejável e possibilitadora de gerar graves conflitos, a julgar pelas
conversas em torno do mais recente acontecimento de grande envergadura policial
em Peniche. Os temas são vários e qual deles o mais importante. Digo apenas
dois deles; 1- a disparidade de tratamento no pagamento de água e luz entre os
munícipes. 2- o pânico entre os pais e familiares dos alunos da Escola D. Luís
Ataíde, paredes-meias com este “”bairro””. De certeza que o Comando desta
operação teve em conta a proximidade à Escola D. Luís Ataíde, a qual movimenta
diariamente mais de 500 pessoas, entre alunos, professores, outros
trabalhadores e pais dos alunos, pelo que a sua solução se torna, cada dia que
passa, ainda mais prioritária.Esta deverá ser a enésima vez que operações similares acontecem, cujos motivos nos
ultrapassam, mas que teimam e tardam em ser resolvidas. Não vejo razões
palpáveis para que este caso não se resolva, sem necessidade de prejudicar ou
beneficiar qualquer uma das partes envolvidas. Olhemos apenas para a nossa
Constituição onde o Artigo 13º é claro e diz o seguinte; 1-Todos os Cidadãos
têm a mesma dignidade e são iguais perante a Lei; 2- Ninguém pode ser privilegiado,
beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer
dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou
condição social. Digam-me se não está aqui a solução para resolver este caso?
Esta situação ocorre frequentemente porque alguém se esqueceu de ler a
Constituição e (não) resolveu o problema empurrando-o com a barriga.
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