sexta-feira, 19 de abril de 2013


Meu saudoso amigo, Jorge Saldanha

Prometi e aqui estou, agora, friamente, não a relatar factos dos teus últimos dias na nossa companhia. Quanto eu lamento a desumanização que sentiste. Quanto eu lamento o sofrimento porque passaste. Quanto eu lamento que “seres humanos” tratem o seu semelhante, tal qual tu (não) foste tratado. Acredito que um dia mais tarde, alguém será julgado pelo que fizeram e talvez mais importante, pelo que não fizeram. Casos destes, como o teu, são extremamente delicados, por isso optei por me apoiar em alguns amigos, daqueles que felizmente temos e tenho que dar graças a Deus por os ter. Por isso, transcrevo apenas um dos muitos que recebi, e que explica passo a passo, palavra a palavra, linha a linha o que deve ter sido o teu e o nosso problema. É assim, com amigos destes, que nos podemos sentir felizes e mantermos esperança dentro de nós.
QTE



MEDICINA JURÍDICA
Carlos Alberto. O caso clínico do teu Amigo é muito complicado. Era uma pleurisia e preenchia os critérios de ser tuberculosa. Ignoramos se foi isolado ou não o BK. Que pode levar muito tempo meses de estudo laboratorial. O Mantoux era positivo? Se o diagnóstico veio a ser Neoplasia do pulmão como alternativa foi por falta de dados a favor da tuberculose pulmonar. Como sabes há muitas restrições, Portugal não pode pagar exames laboratoriais caros sem uma justificação e este caso estava perdido nas actuais condições; os Colegas trabalham sem meios suficientes. Ainda bem que tens a honra de lutar pelo Destino do teu Amigo. Não foi tão mau como parece.
Peniche teve um excelente Médico o Dr. Pires de Carvalho porque além da assistência gratuita que dava no Hospital da Misericórdia era capaz de fazer diagnósticos certos com 5 ou 10 % de dados objectivos e 90% de elementos colhidos com os «olhos da alma». Era espantoso o modo como ele acertava por Intuição. É bom conservar a memória destes pioneiros da maravilhosa Medicina Portuguesa, superior à dos países ricos. Que sorte Peniche teve com a assistência humana deste médico. Sou Português e contrário à Medicina Americana que é muito segura mas desumana. Os doentes são literalmente massacrados e nem lhes perguntam se querem ou não porque já assinaram o papel que permite ao médico mandar fazer tudo o que for necessário. Dou exemplos:
Caso 1. Uma mulher tinha sido internada no Hospital com febre. Fizeram o diagnóstico de endocardite subaguda e todos os dias repetiram as hemoculturas. Como tinha um proteinograma que depois em Portugal vim a saber que era causado por alterações de depósitos de imunoglobulinas, macroglobulinas. Perguntaram-me qual era o diagnóstico. Eu disse que era uma endocardite subaguda e se fosse na minha terra eu estava a medicar há muito tempo mesmo sem diagnóstico laboratorial. Disseram-me que isso era no meu País, na América isso não acontecia. Passados poucos dias morreu e era endocardite. A Companhia de seguros impediu o tratamento
Caso 2. Um doente foi internado com peritonite purulenta. Por ter alterações urinárias fizeram exames à bexiga, tinha divertículos abundantes não se visualizou aquele que tinha perfurado e infectado o peritoneu. Repetiram tantas vezes, sem tratamento, cada vez com maior pressão do contraste. Quando souberam isso, o doente morreu sem tratamento mas judicialmente certo.
Caso 3. No laboratório aonde estava fugiu um rato. Deram o alarme. Foi um show ridículo. Todos os dias havia estragos do rato esfomeado. Como já tinha a minha dose do «sistema Americano» respondia às queixas: se fosse na minha terra eu sabia como apanhar o rato mas na América é tudo muito mais civilizado, evoluído. Um dia já saturados disseram-me: mostre lá como fazia na sua terra? Levei uma pinça com alimento de rato ao bico de Bunsen; aquele cheirinho de assado atraiu o rato e eu apanhei-o à mão, e sem luvas, em minutos.
Portugal, um País com uma Cultura Espiritual avançada entrou em Crise Política de Intemperança por vazio de valores Éticos. Deu como exemplo a Cura da Crise pelo rei D. João I. A estupidez política inventou que o Mal da Crise, o seu centro não era a Austeridade. Este é o começo de todos os dramas uma Crise de excessos sumptuários que tem uma cura pelos Quatro Fardos do camelo sequioso, em vez de ser de Austeridade devia ter os Quatro Princípios que restabeleçam a Temperança Ética. O Português indigno da sua tradição espiritual habituou-se a mamar em qualquer teta. Hoje, destruídas as famílias citadinas, lucram com os acidentes médicos.
Estou a fazer um enorme sacrifício físico para conseguir não morrer sem repor a Verdade e o BEM ensinado pelos nossos Pais Divinos. Quando tiver de voltar espero encontrar qualquer coisa Verdadeira e Boa compatível com a Ciência Experimental que tem de ser reavaliada. Digo todos os pontos aonde temos de renovar o Conhecimento. A Humanidade não pode aceder à Verdade. Então eu tenho de diluir o que digo para cada um escolher o tipo de ideias que estão em falta para ele inventar as doutrinas que a sua Mente pode aceitar. A Verdade é demasiado alta para a maioria. Este trabalho de décadas da minha vida permitiria ter uma sociedade justa se a Mente humana pudesse viver o ensino dos nossos Pais Divinos. Não discutas casos clínicos em público. Não houve desleixo mas um processo muito moroso. Não gostaria de viver num País que recusasse a sua Tradição Espiritual. O povaréu politizado vai acabar por morrer juridicamente certo e de modo desumano, desamparado. Hoje os velhos morrem e ninguém sabe que morreram por falta da Família. Abençoados os que ainda têm Família em Portugal para eu falar na Cultura Espiritual Portuguesa. Será assim tão difícil de entender? Aos embriagados da Política: a mama está a acabar.

                                                                                         HAC
                                                                                                                                              
 
 
UNQTE
        



 

quinta-feira, 18 de abril de 2013


Afinal parece-me que estão para ficar. Ontem ao fim do dia e hoje após o almoço, lá estavam as cegonhas no poste, junto a Porto Lobos. Depois segui pela estrada rural até ao Baleal e “achei” estas preciosidades. Uma pata e seus filhotes. Mal apareci, desataram a fugir o mais rápido que puderam. Mas ficaram “presas” na minha máquina.









A Região Oeste não para de surpreender. Desta vez, aqui bem perto e bem visível, a Serra de Montejunto. Resolvi subir ao topo (666mts) para tentar fotografar Peniche, e como se via bem a Serra à minha saída de Peniche, o contrário também devia ser verdade. Pois é, devia mas não aconteceu. Aproveitei para redescobrir alguns locais. Primeiro, a parte que não gostei mas que é necessária. O “enxame” de antenas. De toda a espécie, tamanhos e cores. Desde as militares, às privadas, como estações de televisão, rádios e empresas privadas. Depois um magnífico painel de azulejos, completamente ao abandono e que, eventualmente, mereceria melhor sorte. Agora a parte mais bonita. A Ermida de S. João Baptista, mesmo no topo. Depois a Capela de Nª Sª das Neves e as ruínas do Convento Dominicano. À saída sou surpreendido pela flora. Não é que mesmo a esta altitude, lá estavam elas. As orquídeas selvagens. E não só. Outras, lindíssimas e que pela minha ignorância, não as sei descrever. Tenho que voltar com mais tempo e melhor tempo.



















É a primeira vez que partilho uma música neste blog, mas não podia deixar de o fazer. Esta é uma das minhas preferidas, musicalmente falando, e a "senhora" que canta, encantou-me profundamente. Este nome irá por certo ser muito "badalado". Só pode.
 
 
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013


Será mesmo impossível controlar a “praga” de gaivotas em Portugal e muito em particular, em Peniche? Lembro que o Município de Peniche (se a memória não falha) em ligação com a Reserva Natural da Berlenga, foi o primeiro em Portugal a utilizar uma nova técnica de controle de posturas de ovos destas aves, nos telhados das habitações na Cidade de Peniche. À época, questionei os funcionários da empresa escolhida para fazer esse trabalho e foi-me dito que iam aos telhados que tinham ninhos com ovos e, um a um,  passavam-nos por óleo, creio que óleo mineral (dos automóveis). Ora a solução parece ter, em parte, resultado e vá-se lá saber por que razão, deixou de se fazer esse controle. Ora se a Reserva Natural da Berlenga nunca deixou de o fazer na Ilha da Berlenga e este ano, uma vez mais, lá estará a tentar fazê-lo, não se percebe por que razão a Câmara Municipal deixou de fazer esse serviço público. Este ano é já notório, o significativo aumento destas aves a procurarem locais nos telhados para fazer os seus ninhos, pois os seus habituais locais de nidificação estão em obras. O caso da Igreja de S. Pedro e do futuro edifício do Museu das Rendas. Será mesmo verdade que o Município nada vai fazer para minimizar esta situação? Aguardemos para ver.



Peniche é mesmo assim. “”Linda de morrer””. Não há palavras para descrever todas as belezas naturais desta Cidade e de todas as suas potencialidades turísticas. Peniche, não é só praia. Há muito que eu esperava ver a minha Cidade, publicitada de modo mais agressivo do que as frases habituais. Não era preciso desistir, do que até agora se tem feito. Era necessário ir mais longe e publicitar aquilo que só Peniche o pode fazer. Nenhuma outra Cidade no Mundo o pode fazer, a não ser Peniche. E essa frase, está aí ao nosso dispor, a custo zero. Simplesmente assim: PENICHE A CIDADE MAIS OCIDENTAL DA EUROPA CONTINENTAL.  Esta, ninguém nos poderia copiar.


segunda-feira, 15 de abril de 2013


Se dúvida houvesse………. Peniche é uma cidade PORCA. Nem uma das principais avenidas de Peniche escapa à “javardice”. Este era o aspecto desolador para quem passou agora pelas 10 horas, mesmo em frente ao edifício da Câmara Municipal de Peniche. Há anos que andamos a solicitar solução para a deposição do lixo doméstico, aqui bem no centro da Cidade e as respostas a este grave problema, não só de saúde pública, como da péssima imagem que transmitimos a quem nos visita, são nulas. Acho que é tempo de se tomarem decisões. Continuar assim é pura e simplesmente dizer que se estão “marimbando” para o assunto.