segunda-feira, 28 de julho de 2014

ANGOCHE

Ontem recebi visitas da Açafora, localidade onde durante anos fomos convidados a passar o São Martinho com outros casais e filhos, ficando em casa da Família Carioca. É uma Família, como se diz agora, à séria e todos eles faziam questão de o ser. O conhecimento partiu de uma Família nossa vizinha e que morava no andar por cima de nós, Família Bernardino. Claro que esta noite foi noite de excelentes recordações e, como em tudo na vida, não é tudo cor-de-rosa. E o meu pensamento foi para o que se passou a 23 de Abril de 1971, portanto há 43 anos, em que o Navio Angoche pura e simplesmente desapareceu. O Comandante do Navio ANGOCHE, Adolfo Bernardino era nosso Amigo e vizinho. Vivíamos “paredes-meias” e fizemos uma amizade que ainda hoje perdura e perdurará com a esposa e os filhos. Nem o governo de antes de Abril, nem quaisquer dos governos depois disseram às famílias o que de facto aconteceu. E é sabido que eles sabiam. Nem (des) governos daqui nem dali, nem os de baixo nem os de cima. É tudo pano do mesmo tecido. Aqui fica, de novo, a minha modesta contribuição para jamais esquecermos este caso e assim podermos ficar a saber com o que contamos daqueles que têm o poder. Hoje e sempre.
 


 
 

1 comentário:

  1. Boa noite Tiago

    Eu e mais alguns amigos não queremos deixar morrer o assunto e demos mesmo alguns passos bons nos últimos dias.

    Qualquer contacto, notícia, rumor, pista, são bem vindos.

    Gostaríamos do contacto de familiares. Sabemos que pelo menos o comandante e mais tripulantes eram da Ericeira. Vejo que o Tiago terá um contacto directo com a família do Adolfo Bernardino.

    Faça-nos chegar por favor, endereço, mail, telefone. Bem sabemos como é perturbador e melindroso este agitar de águas. O caso Angoche não é indissociável da outra faceta que investigamos, da 'suicidada' no Miramortos, um prédio na Beira, Moçambique.

    Atenciosamente

    Paulo Oliveira

    96 33 096 82

    paulo@pauloliveira.com

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