Ontem recebi visitas da Açafora, localidade onde durante anos fomos
convidados a passar o São Martinho com outros casais e filhos, ficando em casa
da Família Carioca. É uma Família, como se diz agora, à séria e todos eles
faziam questão de o ser. O conhecimento partiu de uma Família nossa vizinha e
que morava no andar por cima de nós, Família Bernardino. Claro que esta noite
foi noite de excelentes recordações e, como em tudo na vida, não é tudo
cor-de-rosa. E o meu pensamento foi para o que se passou a 23 de Abril de 1971,
portanto há 43 anos, em que o Navio Angoche pura e simplesmente desapareceu. O
Comandante do Navio ANGOCHE, Adolfo Bernardino era nosso Amigo e vizinho.
Vivíamos “paredes-meias” e fizemos uma amizade que ainda hoje perdura e
perdurará com a esposa e os filhos. Nem o governo de antes de Abril, nem quaisquer
dos governos depois disseram às famílias o que de facto aconteceu. E é sabido
que eles sabiam. Nem (des) governos daqui nem dali, nem os de baixo nem os de
cima. É tudo pano do mesmo tecido. Aqui fica, de novo, a minha modesta
contribuição para jamais esquecermos este caso e assim podermos ficar a saber
com o que contamos daqueles que têm o poder. Hoje e sempre.
Boa noite Tiago
ResponderEliminarEu e mais alguns amigos não queremos deixar morrer o assunto e demos mesmo alguns passos bons nos últimos dias.
Qualquer contacto, notícia, rumor, pista, são bem vindos.
Gostaríamos do contacto de familiares. Sabemos que pelo menos o comandante e mais tripulantes eram da Ericeira. Vejo que o Tiago terá um contacto directo com a família do Adolfo Bernardino.
Faça-nos chegar por favor, endereço, mail, telefone. Bem sabemos como é perturbador e melindroso este agitar de águas. O caso Angoche não é indissociável da outra faceta que investigamos, da 'suicidada' no Miramortos, um prédio na Beira, Moçambique.
Atenciosamente
Paulo Oliveira
96 33 096 82
paulo@pauloliveira.com