Estas
imagens recordam-me palavras do meu falecido Amigo Stora (António Bernardo),
quando, nas nossas viagens à Berlenga e aos Farilhões, com mares semelhantes,
desatava a “filosofar”. Vinha sempre à baila, Miguel Torga e os poemas por ele
escritos em São Leonardo da Galafura, seu local predilecto para se inspirar. E
foi em Galafura, que o Bernardo descobriu a sua amada. Para ele, este Poema:
Calmaria
Nada!
Horas e horas neste ponto morto
Onde caiu agora a minha vida...
Nem um desejo, ao menos!
Só instintos pequenos:
Apetite de cama e de comida!
Nem sequer ler um livro
Ou conversar comigo, discutir...
Nada!
Neutro, morno, a dormir
Com a carne acordada.
Miguel Torga
Horas e horas neste ponto morto
Onde caiu agora a minha vida...
Nem um desejo, ao menos!
Só instintos pequenos:
Apetite de cama e de comida!
Nem sequer ler um livro
Ou conversar comigo, discutir...
Nada!
Neutro, morno, a dormir
Com a carne acordada.
Miguel Torga
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