domingo, 5 de maio de 2013


Para minha saudosa mãe, um poema de um seu amigo;

 


Quando nasci, entre rendas e afagos egoístas,
os rouxinóis, pela noite, namoravam a Primavera...

Os sinos ficaram tolhidos e tristes
Como se os meus gritos lhes pesassem na alma.

Minha Mãe, nessa noite,
sonhou com o aceno molhado dum lenço branco
num dia de partida...

Ó Terra!
Porque não estoiraste nesse momento?

                                              Fernando Namora

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