Ainda
não há muitos anos, quando éramos uma Vila lindíssima e asseada, recordo que era
frequente, um atrelado municipal com tanque para água, ir à rampa do ISN encher
de água para lavagem de ruas. Eram um esmero. Os Penicheiros faziam gala em ter
uma das Vilas Portuguesas mais asseadas. Não me recordo a frequência destas
lavagens, mas sei que, as pessoas que nos visitavam, faziam jus ao que viam e
cheiravam. Cheirava a limpo. Cheirava a asseio. Até na Ribeira Velha onde se
concentrava toda a movimentação de peixe e onde existiam praticamente todos os
armazéns relacionados com a pesca, apenas cheirava ao que tinha que cheirar.
Cheirava a peixe. Após terminada a azáfama inerente, as pessoas que ali
trabalhavam e a Câmara, procediam à lavagem de ruas e passeios. Hoje em dia,
desde a entrada na Cidade, até ao centro, é uma tristeza. Ruas imundas, cheiros
a esgoto logo na entrada principal, cheiros nauseabundos na avenida dos
restaurantes. Arriscamo-nos a tornarmo-nos na Capital do Lixo e do Mau Cheiro.
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