A uma semana da data prevista para Peniche “mostrar-se ao
Mundo” como uma Cidade florida, resolvi dar umas voltas pela Cidade e pelo
Concelho para aquilatar qual teria sido a receptividade das populações. Nada
que eu não estivesse à espera. Felizmente ainda houve alguns, poucos, locais
onde as pessoas se preocuparam em dar um novo imagem da nossa terra, que, até
para este simples gesto de florir, foi necessário trazerem-nos, do exterior, a
ideia. Nós não eramos assim. Que saudades do tempo em que o Jardim Municipal
dava cartas, não só na Região Oeste, como em relação a outras Vilas do País.
Claro que foi no tempo da Vila de Peniche que contava com o amor à jardinagem
do Sr. Custódio e posteriormente do Sr. José Maria Vicente. Era um regalo
permanente os espaços ajardinados. Tirando as flores colocadas à pressa em
floreiras que não eram mexidas há meses, sem preocupação de combinar flores e
cores, restam-nos os sempre bonitos arranjos da entrada para a Capitania do
Porto de Peniche e a rotunda adjacente frente ao edifício da Câmara. O resto é
folclore. Como Cidade é o que vemos. Ervas mais ervas em tudo o que é rua. Eu
próprio, tal como em anos anteriores, tive que “pegar na enxada” e ir à luta
contra as ervas daninhas, porque flores, nem vê-las. Até dá “raiva” irmos a
Óbidos, a Caldas da Rainha e até à Lourinhã para vermos como as flores estão
sempre presentes e as ruas, na sua maioria, limpas e com contentores apropriados
para recolha de lixo. É o custo da nossa “insularidade”.
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