Quando a 5 de Setembro lancei o desafio sobre o alcatroamento
a ser executado, após retirada do poste, mo entroncamento da Rua Miguel Torga
com o Caminho do Farol, jamais poderia adivinhar o que estava prestes a acontecer
e as perguntas eram estas;
Pergunta 1 – O entroncamento nunca mais é alcatroado.
Pergunta 2 – O poste vai ser retirado e depois alcatroado.
Pergunta 3 - Nem o poste é retirado, nem o arranjo alcatroado.
E na realidade quando hoje ali cheguei verifiquei que ainda
não tinha acontecido essa parte final dos alcatroamentos naquela zona. Mas,
para meu espanto, verifiquei a chegada duma viatura policial e algum
ajuntamento na Rua Miguel Torga e percebi que algo de errado se estava a
passar. O problema é simples; há 20 anos atrás, para se poder construir aquele
estabelecimento de ensino, a Câmara Municipal comprou a um particular cerca de
500m2, possibilitando assim que se iniciasse a construção. Passados mais ou
menos 6 anos a Câmara Municipal e o proprietário dos terrenos fizeram um acordo
de cavalheiros para a cedência de uma faixa de tereno com 5 a 6.000m2 a troco
de a Câmara fazer os arruamentos, estacionamentos públicos e electrificar o
local. Após dezenas de idas às reuniões de Câmara, como pouco ou nada do
acordado foi cumprido e, segundo o dono dos terrenos, não mostravam muita
vontade de resolver, achou por bem reassumir a posse dos seus terrenos até que
o município mostrasse claramente que cumpriria o acordado. Acordo de
cavalheiros significa que, o que quer que seja que tenha sido acordado entre as
partes, a validade desse acordo é garantida pela palavra dada. Durante séculos
bastava um Homem dar a sua palavra e, garantidamente, o prometido era cumprido.
Como os tempos mudaram.
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