Muitos de vós sabeis que meu pai, “desterrou-me” e muito bem
para Santarém, em 1954/55, tinha eu 12 anos. Abençoado Pai. Foi amor à primeira
vista e de tal modo que, regressei a Peniche quase no final do ano para não
chumbar por faltas. Mas fiquei a conhecer, como a palma das minhas mãos, quase
todo o Ribatejo, graças a muitos colegas de liceu, Ribatejanos "dos quatro
costados". Hoje veio-me à memória o fado Ribatejo, com letra e música de
Pedro Barroso;
E o sol e a gente e o
campo e a cidade
E a cheia, esse chão
de água a cobrir tudo
E a alma imensa de um
povo sem idade
Não mudes tu, meu
povo, que eu não mudo.
As imagens falam por si. Aquela gente está habituada. Nós,
não.
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