quarta-feira, 25 de março de 2015

ACABARAM OS HOMENS ILUSTRES EM PENICHE?

Desde o dia 2 de Julho de 1987, com o Dr. Ernesto Moreira, que o Galardão Honorífico Ouro não é atribuído pelo Município de Peniche, e isso tem-me preocupado como Penicheiro. Porquê? Porque algo de errado se passa numa sociedade quando, de entre os seus pares, durante quase trinta anos não ter existido um qualquer cidadão com qualidades de inteligência, com qualquer acção digna de nota, ou com qualquer acto de benemerência que fosse digno desse reconhecimento. Comecei então a rabiscar num papel nomes daqueles que eu conheço e conheci, que em qualquer parte do Mundo civilizado seriam, A MEU VER, imediatamente reconhecidos como pessoas dignas desse Galardão. O Regulamento para atribuição de Galardões Honoríficos foi criado a 26 de Outubro de 1992 e no seu Artigo 14º pode ler-se o seguinte: A Medalha de Honra do Município só deverá ser concedida a personalidades que se tenham distinguido por excepcionais qualidades de inteligência, acção ou benemerência ou a instituições merecedoras de excepcional reconhecimento ou homenagem do Município de Peniche. As Medalhas de Honra do Município (Medalhas Ouro), foram entregues (apenas) sete Galardões; a Fernando Lopes da Silva, António da Conceição Bento, Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche, Dr. Mariano Calado, Almirante Américo Tomás, Padre Manuel Bastos de Sousa, e Dr. Ernesto Moreira, em Prata Dourada a Emídio Barradas e José António Belo (título póstumo) e em Prata a Joaquim Barradas Leitão e Luis Correia Peixoto. Depois pus-me a pensar (que parvoíce a minha) se em Peniche não teriam existido mais pessoas dignas deste Galardão e cheguei à conclusão que sim. Na minha modesta opinião, muitas mais. Sendo assim, perdoem-me a minha franqueza; ou eu já estou esclerosado ou aquelas pessoas que eu pensava que tinham tido um papel relevante para Peniche, muitas delas até para o País e outras tantas pelo Mundo afora, apenas existem na minha imaginação. Tenho que concluir que eu sou, apenas e tão só, um sonhador.  

1 comentário:

  1. O problema é mesmo teu e, já agora, meu também. Nota que no "crème de la crème" dos agredidos com o dito galardão estão dois dos mais elevados, grandiosos e exuberantes génios da cultura e da ciência mundiais, aos quais Peniche tudo deve: Américo Thomaz e Lopes da Silva. Basta pensar o que seria de Peniche se aqueles vultos maiores não tivessem existido! Penso que outro portento, Miguel Relvas, também deveria ser agredido com a "nossa" mais alta distinção, pois, diz o povo, não há duas sem três.
    Agora à séria, todos os restantes foram merecedores de reconhecimento público municipal, independentemente do metal que lhes calhou, mas, tal como tu, julgo que a lista está muito incompleta. Será que há algum Alzheimer colectivo e que a memória de Peniche se varreu?

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