Agora que a
afluência de autocaravanas a Peniche é uma realidade (basta olhar para as imagens), agora que o tão esperado
Regulamento para este sector já está em vigor, nada como fazer uma leitura mais
atenta ao seu conteúdo. No final ficaram no ar demasiadas perguntas em relação
a este Regulamento, por isso é natural que um qualquer autocaravanista também
fique com as mesmas ou com outras mais, pois eles têm a experiência e eu não.
Sem ordem específica, deixo-vos algumas questões;
1-
Como é que se aplica uma contra-ordenação a um
estrangeiro?
2-
Se a viatura for apreendida cautelarmente nos
termos do Regulamento geral de contra-ordenações, as pessoas vão dormir onde?
3-
Pode-se entrar numa autocaravana sem mandato
judicial?
4-
Uma carrinha/comercial estacionada durante a
noite na via pública está a pernoitar? E se for uma viatura ligeira de
passageiros?
5-
Entidades fiscalizadoras??? Até o Delegado de
Saúde pode autuar as autocaravanas! Quantos autos irão ser levantados pelos
serviços competentes do Município, visto ser um Regulamento Municipal?
6-
No que refere ao Artigo 15º,
alínea b - NÃO PODE? Então os vidros laterais da frente da autocaravana não se
podem abrir? E se for um qualquer outro veículo ligeiro? JÁ PODE?
7-
Agora na perspectiva do autocaravanista
deixo estas perguntas muito simples; antes de elaborado este Regulamento,
tínhamos uma estimativa do número médio de autocaravanas que pernoitam em
Peniche e no Concelho em época alta e época baixa? Será que, não havendo
lotação suficiente, foram feitas diligências junto de (virtuais) empresários
para avançarem com projectos de acordo com a lei agora vigente?
8-
Quantos lugares de estacionamento
(no regulamento
diz aparcamento?) legais
estarão este Verão ao serviço dos autocaravanistas?
9-
Tanto a legislação Nacional, como a Municipal, querem-se claras e
entendíveis para todos. Não precisamos de legislação feita ao sabor de modas ou
interesses. Pretende-se que os legisladores legislassem claro e sem
subterfúgios.
Claro
que é a opinião de um vulgar cidadão que não legisla mas que tem de viver
segundo a Lei. E está a ficar cada vez mais difícil.
Este assunto, para Peniche, é como se os Nazarenos pretendessem parar as ondas gigantes, em vez de tirarem partido delas!
ResponderEliminarMas somos o que somos.