É público e
notório que o nosso País, a recuperar de uma grave crise, ainda não consegue
ser aquele País que, desde o 25 de Abril, todas as forças políticas nos
prometeram. A esperança não morre e os Portugueses já mostraram a sua intenção
de não se deixarem vencer, embora eu ache (opinião pessoal) que ainda somos demasiado tolerantes. COM TODOS. Mas para
mim o mais importante, além do País, é a minha Terra. Encontrei uns amigos que
já não via há muito embora vivamos todos em Peniche. Todos eles com filhos e
filhas da idade dos meus e muito naturalmente perguntei por eles. Tal como
acontecia em relação a eles (pais) então os filhos há muitos anos que não os
via. Um disse-me que o mais velho, Engº Informático estava para a Covilhã e o
mais novo era Jurista no Porto. Outro também com dois filhos, ambos professores
estavam no Porto. O outro, a filha era Engª Ambiental e estava lá para
Trás-os-Montes e o filho era Professor Universitário e estava a leccionar na
Universidade do Minho. Deste encontro à visita feita ao sítio do Censos2011,
foi um passo. Foi aí que percebi a real situação da minha Terra. Que diabo se
passou ou passa com a minha Terra? Se existem (e eu creio que sim) outras localidades em “igual estado” não me conforta.
Confortava-me saber que algo já esta a ser feito para incentivar os jovens a
permanecerem em Peniche. Portanto, olhando para os dados à disposição, direi
que na população compreendida entre os 15 e os 64 anos, embora com um
decréscimo nos últimos vinte anos, os números são os menos maus. Agora nos de
idade compreendida dos 0 aos 14, em 1960, 1981, 2001 e 2011 são os seguintes
pela mesma ordem; 6.664 – 6.613 – 4.331 e 4.119. Depois a partir dos 65 anos é
francamente preocupante; 1.441 – 2.604 – 4.555 e em 2011 atingiu o número
inacreditável de 5.702 pessoas. Ora se não há nascimentos e os idosos são cada
vez mais, expliquem-me por favor qual o futuro para as novas gerações? Há uma que
de certeza que vai ter muita procura: Geriatria.
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