Partilho com
todos vós a resposta dada pelo Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente
relativamente às minhas afirmações e dúvidas sobre a evolução negativa do
sistema dunar da costa norte, entre a Praia da Camboa e a Baleal. Como não sou
técnico não posso discutir dados técnicos. O que posso fazer e fi-lo foi
fornecer fotografias intervaladas de alguns anos daquelas dunas e fazer fé na
minha memória e na das gentes de Peniche de Cima. Aliás, dito por todos os que
usam esta praia para as suas caminhadas, que, não só o mar está mais perto da
base das dunas, como a altura dessas dunas é assustadoramente baixa. Estão à
vista de todos os que queiram “ver com olhos de ver”. Depois de ler este
relatório e em particular o enunciado nos parágrafos
3 e 4, fui ler, o que está disponível no site da Câmara Municipal sobre um
projecto de um Parque Temático ! ! ! É aqui que “a bota não bate com aperdigota”. Aceito a explicação do Senhor Secretário de Estado, mas permita-me
continuar a discordar da vossa opinião, principalmente após ter estado presente
num colóquio realizado aqui em Peniche no Centro Cultural da Câmara Municipal,
cujo tema; Impactes de Tempestades no Litoral Português promovido pela
Associação Arméria e pelo Rotary de Peniche foram extremamente elucidativos e
explicados de tal modo que, mesmo pessoas como eu, sem formação nesta área,
percebemos perfeitamente o que nos foi transmitido.
"Mais cego que aquele que não vê, é o que não quer ver". Este é um dos muitos provérbios que poderiam ser citados para caracterizar este caso. A verdadeira "tempestade" que nos aconteceu foi o bando de incompetentes que nos tem (des)governado há décadas. Um verdadeiro tsunami que tudo tem destruído e continuará a destruir por muito tempo. A abordagem estatística como sustentação para nada fazer sobre o problema em causa é a mesma coisa que um médico dizer ao paciente que de nada vale tratar-se, pois em 90% dos casos não há cura ou que não vale a pena tratar-se porque, embora tenha muitas dores agora, ao fim de 10 anos estará curado. Que diria o sr. Pires ao médico que lhe dissesse uma destas duas coisas?
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