Aos barcos
de pesca da sardinha de Peniche, por imposição Europeia, foi-lhes atribuída a
quota de 400 Toneladas até 31 de Maio de 2015. Resumindo em números, daria por
cada barco grande 6 toneladas e 4 toneladas por barco pequeno. Neste momento, em
Peniche, existem!!! a laborar 8 barcos grandes e 4 pequenos. Os pescadores
fizeram-se ao mar no dia 1-4-2015 e em 3 dias de pesca apanharam 20% do total
da quota disponível, ou seja, pescaram 80 toneladas restando apenas até final
de Maio +- 300 toneladas. Como cada cabaz dá em média 22,5 kg facilmente se
percebe que cada tonelada de sardinha corresponde a apenas 44 cabazes. Os
pescadores de Peniche por sua livre e espontânea vontade decidiram não acatar o
despacho governamental (6 toneladas barcos grandes e 4 para os barcos pequenos)
e decidiram pescar apenas pela metade, ou seja 133 cabazes/barco grande e 89
cabazes/barco pequeno. Se em três dias foram pescadas 80 toneladas de sardinha
e continuassem a pescar, em poucos dias completavam a quota e ficariam sem
pescar até 31 de Maio. A medida adoptada tem a ver com a sustentabilidade das
empresas e dos pescadores. Nestes três dias de pesca, com um valor médio de
venda em lota de 13€/cabaz, o que perfaz 570€/tonelada, é muito fácil perceber
que não cobre sequer as despesas. Assim não ganham armadores nem pescadores.
Estranho, é o facto de há décadas, nenhum (des)governo ter conseguido arranjar
uma solução eficaz para o grave problema das pescas em Portugal.
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