Mas o rato-preto não é o único “criminoso” da Berlenga a enfrentar a pena de
morte. A sentença é extensível ao coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus),
outra espécie introduzida (talvez para caça, no reinado de D. Afonso V, no
século XV), acusada de destruir o coberto vegetal e alterar a dinâmica do solo,
prejudicando a conservação dos habitats e da flora das ilhas. O director da
SPEA adianta que está a ser estudada, em alternativa à erradicação, a
"captura por armadilha do maior número de coelhos vivos, e a transferência
para zonas do continente onde sejam mais úteis em termos de conservação da
natureza" - como por exemplo para assegurar a sobrevivência do
lince-ibérico, no Alentejo.
O MPT vai interpor uma
providência cautelar pedindo a suspensão do projecto “até que exista uma
fundamentação credível para aquelas medidas”, disse José Inácio Faria. Existe
já uma petição pública online com o mesmo objectivo.
O Bloco de Esquerda, Os Verdes e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) também já se
manifestaram contra o projecto.
Sem comentários:
Enviar um comentário