Ao fazer esta homenagem às Mulheres da minha vida é fazer
homenagem a todas as mulheres. Na primeira imagem estão as minhas primeiras
Mulheres; Mãe – Tia e Avó. Na segunda, a minha Mulher. As três primeiras foram
aquelas que tudo o que havia a ser ensinado a uma criança. Minha Mãe, Beirã de
Seia, foi de uma generosidade sem limites, protegendo sempre o único filho e
branqueando as minhas diárias asneiras. Minha Tia, Mãe substituta, de um
coração do tamanho do Mundo. Não só para mim, mas para todos os que a
circundavam. Minha Avó, Professora “das antigas”, Professora das filhas e de
algumas personalidades. Só conheci Fernando Namora. Médico-Poeta de Condeixa. Depois
de me fazer tudo o que podia enquanto garoto, repetiu a mesma dose aos meus
filhos, em escala acima. Minha Mulher, Marianela, Algarvia dos quatro costados
foi a minha Pedra Angular. Foi ela que me proporcionou os dois filhos, foi ela
que, devido à minha profissão, teve que na maior parte das vezes ser Mãe e ser
Pai. Foi ela a minha Pedra Angular aquando das doenças e do falecimento dos
meus Pais e dos meus Tios. Foi ela que segurou as rédeas de todos nós e nos
orientou. Foi ela que me apoiou, tantos nas difíceis horas de ausência no
exterior, como nas difíceis respostas a situações laborais para as quais tinha
sido convidado. Obrigada às Minhas Mulheres. Elas não fizeram mais do que
aquilo que todas as Mulheres fazem aos seus, daí o meu Bem-haja a todas as
Mulheres.
Ó noite, coalhada nas
formas de um corpo de mulher vago e belo e voluptuoso,
num bailado erótico, com o cenário dos astros, mudos e quedos.
Estrelas que as suas mãos afagam e a boca repele,
deixai que os caminhos da noite,
cegos e rectos como o destino,
suspensos como uma nuvem,
sejam os caminhos dos poetas
que lhes decoraram o nome.
Ó noite, coalhada nas formas de um corpo de mulher!
Esconde a vida no seio de uma estrela
e fá-la pairar, assim mágica e irreal,
para que a olhemos como uma lua sonâmbula.
Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"
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